Thursday 28 March 2019

1276. Boa memória - Capitão Fausto



Água de Cana, outra etapa da gincana
Na demora que eu procuro e que a semana nunca traz.
Atraso bem o final p’ra madrugada ou meio da tarde,
Só segunda é que volto a estar capaz.
O que eu prevejo no futuro é tão duro
Que a cabeça não hesita em dar abrigo ao temporal.
Portanto escuta meu querido, sei que és muito meu amigo
Mas hoje vou voltar ao Carnaval.

Por pouco que me lembre do que acontecer
Eu sei que vai valer a pena.
Não é preciso lembrar, tenho amigos com boa memória.
Por pouco que me lembre do que acontecer
Eu sei que vai valer a pena.
Não é preciso lembrar,
Os meus amigos contam-me a estória p’ra depois poder contar.

Depois da sesta, bater a mão na testa
Só é coisa que eu evito se a memória me falhar,
E por saber que é verdade, perco sempre a humildade
Se decido arrastar-me e não parar.
Se houver cortejo é p’ra ter esta fartura,
Vai depressa que só dura enquanto a culpa não voltar.
E sei que a culpa não bate,
A culpa não vai fazer parte da estória que amanhã me vão contar.

Por pouco que me lembre do que acontecer
Eu sei que vai valer a pena.
Não é preciso lembrar, tenho amigos com boa memória.
Por pouco que me lembre do que acontecer
Eu sei que vai valer a pena.
Não é preciso lembrar,
Os meus amigos contam-me a estória p’ra depois poder contar.
Os meus amigos contam-me a estória p’ra depois poder cantar.
Os meus amigos contam-me a estória p’ra depois poder cantar.
Os meus amigos contam-me a estória p’ra depois poder cantar.